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Roda de Leitura Negritude aconteceu no Museu Histórico de Sergipe. Foto: Flávia Santana |
A
Mostra de Video Africanidade e Roda de Leitura Negritude fizeram parte da
programação do III Círculo dos Ogãs, evento realizado pela Associação Cultural
Amigos do Museu (ACAMHS) e ONG Sociedade para o Avanço Humano e Desenvolvimento
Ecosófico (SAHUDE), nos dias 17 e 20 de novembro. Coordenada pela equipe da
Casa do IPHAN, a exibição de filmes temáticos foi prestigiada pelos alunos da
Escola do Lar Imaculada Conceição na manhã do dia 20.
Thiago
Fragata, diretor do MHS, recitou Navio Negreiro, de Castro Alves, como tema da
abertura dos trabalhos da Roda de Leitura Negritude, na tarde do dia 17,
sábado. Em seguida revesaram-se na leitura bibliografia selecionada os
contadores Eliene Marcelo, Denise Santiago, Kleckstane Farias, Jória Dias e
Edmilson Celestino. Maria Gloria recitou seu último trabalho poético denominado
"Poesia sem título". Ézio Sant's cantou clássicos da MPB que remetem
ao tema do evento. Os alunos do Colégio Graccho Cardoso compareceram ao evento
que contou ainda com apresentações do MC Mir, que entoou clássicos do rap e
suas próprias composições carregadas de poeticidade e inspiradas no drama
social da juventude brasileira. "Aqui a gente embarca no Navio Negreiro de Castro Alves, percebe que 'todo camburão tem um pouco do navio negreiro (Rappa)' e finaliza mostrando o rap como uma forma de poesia marginalizada pela nossa sociedade", lembrou Thiago Fragata.
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Casa do IPHAN sediou Mostra de vídeos Africanidade. Foto: Kleckstane Farias |
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Alunos do Elic prestigiaram filmes. Foto: Kleckstane Farias |
Confira poesias e imagens:
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Thiago Fragata interpretou Navio Negreiro sob olhares atentos do público |
NAVIO NEGREIRO
Stamos em
pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos em
pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos em
pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos em
pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à fREIRlor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem?
onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz
quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce
harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do
mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai!
esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
Por que
foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz!
Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa
do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol
as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês —
marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os
marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras
mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a
orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos
elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o
capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a
orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas
espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se
Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem são
estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os
filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São mulheres
desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas
areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o
areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a
Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena
liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus
dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde
pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade
atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Jória Dias recitou a poesia de João Sapateiro, Rebelião, que em 1986 ele dedicou a Nelson Mandela.
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Poesia do saudoso João Sapateiro foi lembrada |
REBELIÃO
João Sapateiro
Moloise
foi trucidado
E
está bem mais revolto
O
povo que defendeu;
A
luta de Benjamim
Só
com vitória tem fim,
Seu
desejo não morreu!
Cruel
racismo arrogante
E
o Apartheid intolerante,
Sua
voz emudeceu.
Como
bravo Derman Tuto
Todo
negro está de luto,
E
a luta recrudesceu!
Minoria
bem armada,
Faz
a raça espezinhada
Ficar
toda efervescente!
Cantos
de convocação
Ecoam
pela nação
De
liberdade carente.
Os
negros, de sul a norte,
Desprezando
a própria morte
Nessa
contenda infernal
Por
dever e por direito,
Enfrentam
de todo jeito
As
legiões do Chacal.
Morre
um, nasce outro ano,
E
o negro sul-africano
No
julgo da repressão.
O
mundo inteiro condena,
Mas
não resolve ter pena
Sem
arma e sem munição.
Moloise
foi massacrada,
Mas
continua hasteado
O
pavilhão que foi seu;
A
sua morte infamante
Tornou
bem mais crepitante
A
pira que ele acendeu!
Logo
mais chega a derrota
Do
perverso velho Bota,
Perigoso
alienado;
Tudo
no mundo tem fim,
O
meu irmão Benjamim
Um
dia será vingado!
“Agua
mole em pedra dura
Tanto
bate até que fura”
Diz
um dito popular
Aquela
gente sofrida
Breve
terá nova vida,
Um
novo sol vai brilhar!
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Alunos do Colégio Graccho Cardoso e convidados aprovaram a iniciativa |
Kleckstane Farias recitou poesia de Luiz Melo Santos: Pretoria. Eliene Marcelo apresentou "Mãe África", de Rô Fonseca.
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Eliene Marcelo interpretou poesia de Rô Fonseca. Foto: Flávia Santana
Arrancaram
Seus filhos
Na
escuridão
Da
noite
Levando-os
Para uma noite
Bem
maior.
Nos
Navios Negreiros
Verdadeiros
chiqueiros
Aonde
eram obrigados
A
ficar
Os
lamentos
As
lágrimas
Enchiam
o mar.
Semanas
e mais semanas
Dias
e mais dias
Horas
e mais horas
Minutos
e mais minutos
Segundos
e mais segundos
Cada
vez mais perto do fim
Cada
vez mais longe do começo.
Nos
rostos
Expressões
de medo
Almas
Mortas tão cedo
Nos
corações
Muitos
segredos
Em
vez de homens, arremedos.
Após
a chegada
Eram
vendidos
Em
leilões
Animais
diferentes
Em
exposições
Triste
espetáculo
Exploração
de irmão por irmão.
No
entanto
A
força da Terra Mãe
A
fé que não foi
Destruída
Foi o bálsamo
Que
curou todas
As
feridas.
Surgindo
uma Raça nova
Numa
Terra nova
De
você Mãe
Todos
descendentes
Muito
obrigado
MÃE
ÁFRICA
Por
ter nos ajudado a ser gente.
PRETORIA (leitura de Kleckstane Farias)
Luiz de Melo Santos
Não
importa a etiqueta
A
autoridade
A
liturgia
O
meu canto é necessário
Para
promover justiça,
O
meu canto é pretoria.
À
mulher negra lhe deve
O
Brasil o seu respeito
Após
tê-la escravizado
Prendê-la
ao forno e ao fogão
De
submissa mãe preta.
O
Brasil cresceu robusto
Pendurado
nos seus peitos
Sempre
inesgotáveis tetas.
Ao
homem negro o Brasil
Deve
o que não pode pagar
A
espinha dura
A
consciência
A
solidez.
Ah!
Brasil, montado em ouro
Em
ferro
Em
cana
E
em café,
Lembra
do sangue que veio da África
E
te encheu,
Te
pós em pé.
O
Brasil deve à criança negra
O
ventre livre que não teve
E
que não tem
Nascer
sentindo-se parte da paisagem
Crescer
saudável
Olhar-se
bem.
A
carapina amada
O
nariz chato encantador
O
lábio grosso aceito sem reserva
A
boca grande depositária de sorriso
E
os pés na terra
Circulando
sem temor.
Deve
o Brasil ao povo negro
Respeito
pelos seus cultos
E
demonstre o seu aceite
Com
generosidade
Como
bem tem demonstrado
Com
o que come e comeu
Pelo
negro produzido
Feijoada
sangue nervos
Caruru
suor cozido
Vatapá
sonhos e vultos.
E
mais que tudo o Brasil
Deve
olhar-se a si mesmo
E
ter o máximo cuidado
Para
evitar castigo.
Se
vai atirar no negro
Vai
perceber que morreu
Acertando
o próprio umbigo.
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A poetisa Maria Gloria escreveu versos para o evento. Foto: Flavia Santana |
POESIA SEM TÍTULO
Maria Gloria
Minha tez é negra
meu cerne é negro
meus olhos são negros
minha alma é negra
e isso não modifica a
cor que aportou em mim
não faz menor o meu
saber
assim também o meu
fazer
também não me
convence a aceitar o que sobrou
o que restou entrego
a você.
Minha carne é negra
minha alma também é
negra
e isso não é ruim
o amanhã já é
as horas se dissolvem
e minha carne negra
não determina meu valor.
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Ézio Sant's levou sua poesia na voz e no violão ritmado. Foto: Flávia Santana |
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Edmilson Celestino dedicou versos a roda de leitura. Foto: Flávia Santana |
O NEGRO E A ALIENAÇÃO
DO MUNDO DO TER
Edmilson Celestino
Desse forte escravismo, que nunca acabou nem vai acabar
Desse alienismo, o sentimento é o das mazelas, das favelas, a alegoria da falsa
alegria, da falsa boemia, da pseudo burguesia.
No ismos do capitalismo, do infanticismo, do escravismo
Não há mais sorriso, nem nunca houve
Quebrou o sentimentalismo, criou o marginalismo todos ao ostracismo
Rompeu a inocência e fez o negro ver que ainda está na senzala
que exala, o medo, a dor, o furor
Que nunca será cantor, trovador, nem terá pudor
Que há uma cicatriz no fundo da alma
Que ha um abismo profundo por onde passa
Só há farsa, só há trapaça, Só há morte, carnificina
E a veia poética? Pergunte a ética, é imoral
No mundo mortal e coisa e tal
Que festa, o que resta são as arestas e nada mais
Porém a forca, deixem que a louca acredite na verdade, na liberdade
que não é, que nunca foi e que nunca será escrava
Permita que sua alma sombria permaneça oca
buscando boca a boca, sentido para os ismo dos
transcendentalismo.
No
jargão das ruas norte-americanas RAP significa "Rhythm and Poetry, ou
seja, ritmo e poesia, expressão musical-verbal da cultura negra. Nesta
perspectiva, o MC Mir foi convidado para blindar a Roda de Leitura Negritude com suas composições.
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MC Mir coroou o evento com suas composições de rap |
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Públicou interagiu com clássicos do rap nacional |
FONTES DE PESQUISA: