terça-feira, 6 de agosto de 2013

Museu Histórico promove exposição sobre folguedos sergipanos


Na próxima quarta-feira, 7 de agosto, a partir das 10h, o Museu Histórico de Sergipe (MHS), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), dará início ao projeto expográfico “Folguedos de Sergipe: conhecer, valorizar, preservar”, que apresenta ao público imagens captadas pelas lentes do fotógrafo sergipano Lucio Telles, e contextualizadas pelo acadêmico de Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Carlos Braz.

O projeto, exibido até o dia 18, foi concebido com o objetivo de enfatizar a necessidade de conhecer, valorizar e preservar as manifestações culturais produzidas e estreladas pelo povo. “Cacumbi, São Gonçalo, Lambe Sujo e Taieira são expressões tidas como patrimônio intangível da gente sergipana e que são, permanentemente, ameaçadas por processos sociais impostos pela modernidade”, ressalta o curador Carlos Braz.

Para Braz, considerar essas manifestações culturais como patrimônio intangível implica em reconhecê-las como herança deixada pelos ancestrais, como referência cultural de ampla relevância e como conteúdo formador de identidades. “Trata-se de um legado a ser perpetuado em sua essência e originalidade, mesmo que, muitas vezes, não seja percebido e compreendido na contemporaneidade pelos grupos sociais”, acrescenta o curador.

A exposição “Folguedos de Sergipe: conhecer, valorizar, preservar” é um atrativo cultural integrado à programação do mês de agosto, oferecida pelo Museu Histórico de Sergipe. Serão apresentadas 18 peças que poderão ser apreciadas pelo grande público de terça a domingo, das 10h às 16h.  O Museu está localizado na Praça São Francisco, situada no centro histórico do município sergipano de São Cristóvão, Região Metropolitana de Aracaju. Para obter mais informações, basta entrar em contato pelo (79) 3261-1435.

Sobre as manifestações folclóricas

‘Cacumbi’ é um estilo de dança brasileiro, na qual os personagens vestem-se com tangas e cocares de penas, adornavam-se com colares de coral, miçangas e dentes de animais, e usavam armas como arco e flecha e pequenos bastões (grimas). A manifestação pode ser entendida como uma reminiscência das lutas entre monarquias africanas e das lutas do matriarcado.

A ‘Dança de São Gonçalo’ tem origem portuguesa e pode ser encontrada em diversos estados do Brasil, com variações coreográficas bastantes diversificadas, de acordo com cada região. A dança hoje é organizada em pagamento de promessa devida a São Gonçalo. O promesseiro é quem organiza a função, administrando todo o ritual, que pode ser realizado em casa ou em local coberto, após montagem de um altar com a imagem do santo e outros de devoção do promesseiro. Em frente a este altar é que se desenvolve toda a dança.

A manifestação popular denominada ‘Lambe Sujo’ relembra uma luta imaginária entre os negros escravos africanos e indígenas da região. Os brincantes da festa, que se caracterizam como escravos, pintam o corpo com tinta preta e melaço de cana além de utilizarem foices que simbolizam a liberdade do povo.

A ‘Taieira’ é uma dança folclórica, de cunho religioso e de origem africana, praticada na região nordeste do Brasil, especialmente no estado de Sergipe. A dança é realizada por mulheres, principalmente afro-descendentes, que utilizam uma vestimenta rica em detalhes, como fitas, laços, brincos, colares e vestidos rendandos e enfeitados.

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